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1.
Rio de Janeiro; s.n; 2007. xv,136 p. ilus, tab, graf.
Thesis in Portuguese | LILACS | ID: lil-493822

ABSTRACT

Infecções naturais com o protozoário parasita Leishmania (Viannia) braziliensis Vianna 1911 (Kinetoplastida: Trypanosomatidae) causam doença humana em várias áreas (sub )tropicais no continente Americano (em pelo menos 15 países), constituindo um importante problema de saúde pública. A leishmaniose cutânea (LC) pela L. (V.) braziliensis distingue-se de outras formas da doença pela maior cronicidade, latência e morbidade da infecção, com tendência para ocorrer lesões metastáticas na pele e/ou mucosa nasofaríngea. Estudos taxonômicos têm revelado o polimorfismo genético em populações naturais de L. (V.) braziliensis, porém os fatores de risco envolvidos na expressão clínica diferenciada da doença são ainda obscuros. Nossos estudos sobre infecções com L. (V.) braziliensis em macacos rhesus (Macaca mulatta) foram feitos para caracterizar a evolução de diferentes cepas do patógeno e as respostas imunes adaftativas neste modelo experimental. Um inóculo padronizado de promastigotas (10 ) foi injetado, via intradérmica, na arcada superciliar ou no antebraço de cada macaco. As infecções de longa duração (25-33 meses) reproduziram as úlceras cutâneas auto-resolutivas ou persistentes, assim como a LC crônica recidivante devido à reativação da infecção latente. O decurso da lesão primária foi muito variável, não somente para os isolados mostrando diferenças moleculares, mas também para animais individuais em grupos infectados com a mesma cepa do parasito.


Entretanto, 80% dos símios infectados com o isolado de lesão disseminada desenvolveram lesões metastáticas persistentes na pele e/ou mucosa. Digno de nota, o comprometimento granulomatoso da mucosa nasal foi observado em 2 de 33 (6%) dos rhesus infectados. A persistência do parasito em lesões ativas ou cicatrizadas foi documentada na maioria dos primatas. Foram caracterizados genótipos específicos representando parasitos isolados de humanos e macacos (contudo, sem ter havido qualquer relação aparente com fenótipos clínicos específicos), confirmando assim a estrutura genética multiclonal de L. (V.) braziliensis. Respostas imunes adaptativas específicas (Le., anticorpos anti-Leishmania e reações in vivo e in vitro de linfócitos T específicos) foram induzidas no decurso das infecções. A resistência clínica à L. (V.) braziliensis foi aparentemente associada com a resposta T H1 específica, e os animais curados da infecção primária adquiriram imunidade protetora sólida contra re-infecção homóloga (Parasitology 2003, 127:437-447). Em outro estudo (Am J Trop Med Hyg 2004, 71 :297-305), demonstramos a variabilidade relativa em ensaios de proteção cruzada entre diferentes espécies ou cepas variantes de Leishmania em macacos rhesus.


A investigação mais detalhada da resposta imune neste sistema primata poderá esclarecer fatores relevantes influenciando a proteção heteróloga. O modelo macaco rhesus-L. (V.) braziliensis foi também explorado para avaliar a eficácia leishmanicida do antimoniato de Nmetillglucamina (J Parasitol 2005, 91:976-978). As respostas terapêuticas nos animais experimentais usando doses reduzida e convencional (5 e 20 mg/kg/dia por 28 dias, respectivamente) de Sbv foram similares aos de pacientes com LC. Os primatas curaram suas lesões após o tratamento, porém com parasitismo críptico e/ou recidiva. Concluindo, como a resposta granulomatosa à L. (V.) braziliensis em M. mulatta reproduz a patologia humana, este modelo torna-se útil para estudar a fisiopatologia/eventos imunoregulatórios associados com a evolução da doença, assim como em testes pré-clínicos de novas drogas e vacinas candidatas.


Subject(s)
Autoimmunity , Leishmania braziliensis , Macaca mulatta , Models, Animal
2.
Rev. Soc. Bras. Med. Trop ; 36(6): 671-676, nov.-dez. 2003. ilus, mapas, tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-355343

ABSTRACT

Este estudo determinou a ocorrência de anticorpos anti-Toxoplasma gondii em população indígena do Mato Grosso, os Enawenê-Nawê. Estes habitam uma vasta região selvagem, com raros contatos com não-índios. Não apresentam animais domésticos, inclusive gatos. A dieta é baseada em insetos, mandioca, milho, mel e fungos e não se alimentam de carne, exceto de peixe. Com base no exposto, desenvolveu-se análise sorológica, por meio de ELISA - IgG e IFI - IgG e IgM. De 148 soros, 80,4 por cento foram ELISA ou IFI- IgG positivos. Não foram detectados casos de IgM reagentes. Nesse grupo as taxas de soropositividade aumentaram significativamente com a idade, de 50 por cento a 95 por cento. Analisando-se os hábitos e costumes, aliados à alta soropositividade encontrada, sugere-se que a presença de felinos silvestres nas imediações da aldeia e coleções de água poderia ter papel importante como fonte de infecção, contaminando o solo e, conseqüentemente, os insetos e fungos consumidos pelos índios.


Subject(s)
Animals , Middle Aged , Humans , Male , Female , Child, Preschool , Child , Adult , Cats , Antibodies, Protozoan , Indians, South American , Toxoplasma , Toxoplasmosis , Age Distribution , Animals, Wild , Brazil , Enzyme-Linked Immunosorbent Assay , Fluorescent Antibody Technique, Indirect , Prevalence , Risk Factors , Seroepidemiologic Studies , Sex Distribution , Toxoplasmosis
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